Ibovespa Descola de Wall Street e Encerra Semana Sustentado por Commodities, Apesar de Cautela Fiscal

Enquanto o varejo sofre mesmo com a Black Friday, as Blue Chips de mineração e petróleo garantem sustentação ao índice brasileiro. Dólar futuro segue pressionado.

6/9/20212 min read

O Ibovespa encerrou as negociações desta sexta-feira com leve alta, conseguindo sustentar o patamar psicológico importante dos [Inserir Pontuação Estimada, ex: 135 mil] pontos. O movimento de hoje consolida uma semana de descolamento parcial dos mercados internacionais, onde o índice brasileiro operou com dinâmica própria, ditada mais pelo preço do minério de ferro e petróleo do que pelo otimismo tecnológico visto nas bolsas americanas.

O "Efeito Black Friday" Frustrado Contrariando as expectativas de parte dos investidores pessoa física, a semana da Black Friday não foi suficiente para impulsionar os papéis do setor de varejo e e-commerce na B3. Com a taxa Selic estacionada em patamares restritivos, o custo do crédito continua penalizando as margens das grandes varejistas.

"O mercado não olha apenas para o volume de vendas da data comemorativa, mas para o custo da dívida dessas empresas. Vender mais com margem espremida e juro alto não gera valor para o acionista no curto prazo", explica analista de equity ligado a uma grande corretora de São Paulo.

Commodities Seguram o Índice O destaque positivo, mais uma vez, ficou por conta das Blue Chips. A Vale e as siderúrgicas reagiram bem aos novos anúncios de estímulos econômicos vindos da China, que prometem aquecer o setor imobiliário asiático no início de 2026. Esse movimento no preço do minério de ferro serviu de contrapeso, anulando as perdas do setor doméstico (construção e consumo).

A Petrobras também operou no azul, acompanhando a cotação internacional do barril tipo Brent, em meio a novas tensões na oferta global.

Risco Fiscal e Curva de Juros Apesar do fechamento positivo, o "Risco Brasil" segue no radar. A curva de juros futuros (DI) abriu a semana estressada, refletindo a ansiedade do mercado quanto ao cumprimento das metas fiscais para o encerramento do ano orçamentário de 2025. Enquanto o Ministério da Fazenda não sinalizar cortes de gastos estruturais mais profundos, a tendência é que a bolsa brasileira continue "barata", mas sem gatilhos claros para uma alta expressiva (o famoso bull market).